Pelo segundo dia consecutivo, a Europa mergulha no caos aéreo em virtude de uma enorme nuvem de cinzas que se espalha pelo continente nesta sexta-feira. O transtorno na malha aérea já é comparado ao ocorrido durante os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. E, segundo especialistas, é capaz de provocar elevadas perdas ao setor aéreo- motivo esse da forte desvalorização das ações das empresas do setor nas bolsas de valores do mundo- havendo possibilidade de bater à porta das seguradoras na forma de pedidos de indenizações. Dos 28 mil voos diários, pelo menos 17 mil foram cancelados nesta sexta-feira. A paralisação dos voos afetou as ações das principais companhias aéreas negociadas em bolsas, como Lufthansa, Air Berlin, Air France-KLM, Iberia y Ryanair, que apresentam desvalorização média entre 2,5% e 3% apenas hoje. Sete países estão com o espaço aéreo fechados hoje. Especialistas explicaram que as cinzas vulcânicas, que contêm pequenas partículas de vidro e pedras pulverizadas, são capazes de danificar motores e fuselagens, podendo fazer os aviões cair. Em 1982, um jumbo da British Airways caiu na Indonésia depois de passar numa nuvem de cinza e perder a potência das turbinas. Este foi a razão para o setor a rever os procedimentos quando há cinzas vulcânicas na atmosfera. O caos aéreo deve-se às cinzas provenientes da erupção no vulcão que fica sob a geleira Eyjafjallajokull, na Islândia, iniciada desde quarta-feira. A coluna de cinzas chega a 11 quilômetros de altura.
Caos aéreo aprofunda-se na Europa por causa de nuvem vulcânica
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