Pesquisa realizada pela Associação Nacional de Previdência Privada (Anapp) confirma a tendência de queda acentuada nas vendas dos planos tradicionais, cujo espaço vem sendo ocupado pelos produtos com características de fundo de investimento, tais como o VGBL e o PGBL. De janeiro a maio, os planos tradicionais geraram receita da ordem de R$ 1,2 bilhão, com queda de 21,6% em relação ao mesmo período, no ano passado. A participação desse tipo de produto na receita global do setor é, agora, de apenas 15%: “a redução nas carteiras dos planos tradicionais reflete uma tendência de mercado que aponta para uma migração dos clientes desses planos para os novos produtos PGBL, que são mais modernos e podem oferecer diferentes opções de escolhas de aplicação de recursos”, explica o presidente da Anapp, Osvaldo do Nascimento.
Os dados indicam também o avanço do VGBL, que gerou receita de R$ 5,2 bilhões de janeiro a maio, 52,3% a mais do que no mesmo período, em 2005. O VGBL já responde por 63% do volume de novos depósitos que ingressam no sistema.
Já o PGBL captou R$ 1,8 bilhão no período, com alta de 11,5%. A fatia correspondente a esse produto eqüivale a 22% do total de contribuições.
De acordo com a Anapp, a Bradesco Vida e Previdência lidera o ranking de captação, com 38% dos volumes apurados até maio; seguida pela Itaú Vida e Previdência (17%), Brasilprev (11%), Unibanco (8%), Caixa (8%), HSBC (4%), Santander (3%), Real (3%), Icatu Hartford (2%) e Capemi (1%).
O volume de recursos depositados no sistema de previdência privada cresceu 25,9% até maio, somando R$ 83,3 bilhões.
Em relação à carteira de investimentos – que inclui as reservas técnicas, as reservas livres, o capital de seguradoras e outros valores – o mercado de previdência complementar cresceu 25,7% até maio, acumulando R$ 87,9 bilhões.
Até maio de 2006, havia 7.593.523 planos individuais no país, contra 6.880.900 planos registrados até maio de 2005, o que representa um crescimento de 10,3% no período.