As mulheres estão cada vez mais preocupadas com seu futuro financeiro, demonstrando visão de longo prazo. Essa é uma das principais conclusões de um estudo que a Brasilprev Seguros e Previdência – uma das líderes da indústria brasileira de previdência privada aberta – fez a partir da sua base de mais de 1,4 milhão de clientes.
A análise levou em consideração aqueles que possuem produtos PGBL e VGBL em todo o Brasil (mais de 1,1 milhão de pessoas), sendo que deste montante pouco mais de 500 mil são do sexo feminino. A pesquisa apontou que a participação das investidoras na base de clientes da Brasilprev saltou três pontos percentuais em cinco anos, já que passou de 43%, em 2006, para 46%, em 2011. “Nos últimos anos, temos detectado importantes mudanças no que diz respeito ao papel das mulheres na sociedade brasileira. Um é o fato de elas assumirem cada vez mais a função de chefe de família nos lares brasileiros. Outra, de ocuparem de forma crescente posições-chave nas empresas, o que acaba por repercutir gradativa e consequentemente no crescimento de renda e poder aquisitivo delas. Tais fatos refletem na preocupação delas com a previdência privada, como aponta nosso estudo”, comenta Sandro Bonfim, gerente de Inteligência de Mercado da Brasilprev.
Para corroborar as afirmações, ele lista alguns dados do levantamento da Brasilprev que mostram crescimento nas vendas entre o público do sexo feminino, assim como o valor que elas aportam, em média, nos planos que mantêm na companhia. “Enquanto em 2006 43,7% das vendas novas eram feitas para mulheres, no final de 2011, eram de 46,4%. O tíquete médio delas era de R$ 155, há cinco anos; no ano passado, o valor saltou para R$ 240. Já entre os homens foram respectivamente R$ 188 e R$ 276. A questão é que o tíquete entre as investidoras em 2006 era 21% menor que o deles; em 2011, essa distância foi reduzida, caindo para 15%.
Ou seja, elas tiveram um crescimento da quantia investida maior que eles”, observa Bonfim. A pesquisa da Brasilprev também mostrou que as mulheres resgatam menos e são, portanto, mais fiéis que os homens. “Em 2011, o percentual de resgate sobre as reservas entre elas foi de 7% face aos 9,8% dos homens”, diz Sandro. A pesquisa também apontou que elas investem mais pelo modelo da Tabela Regressiva do Imposto de Renda (53,7%, face aos 51,7% dos homens), o que demonstra a intenção de manter os recursos investidos por um longo período, e preferem o VGBL (64,2%% versus 61,4% deles).
Outros dados que também chamam a atenção é que, entre as mais de 500 mil clientes do sexo feminino 61,5% são solteiras e 39% possuem o plano “Brasilprev Júnior” (voltado às pessoas entre 0 e 21 anos de idade). Entre os homens, o percentual é de 35%. “Isso denota uma preocupação com os projetos de vida de seus filhos”, finaliza Bonfim.