Notícias | 1 de março de 2004 | Fonte: Gazeta Mercantil

Bradesco Vida ganha R$425 milhões

A Bradesco Vida e Previdência divulgou lucro líquido de R$ 425 milhões em 2003, alta de 24% sobre o resultado de 2002. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 25,04%. O faturamento registrou alta de 31,2%, para R$ 6,6 bilhões. O principal produto da empresa é o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL), com contribuições de R$ 3,4 bilhões em 2003. O Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e os planos tradicionais somaram contribuições de R$ 2,1 bilhões. O seguro de vida tradicional acumulou prêmios de R$ 1 bilhão, 17,2% acima do resultado do ano anterior.

Segundo Marco Antonio Rossi, presidente da Bradesco Vida e Previdência, o ponto alto de 2003 foi o crescimento das vendas. “Não houve ponto baixo. Foi um ano excepcional, de crescimento das vendas, da rentabilidade e de redução das despesas, além de consolidarmos nossa liderança no mercado de previdência aberta e de seguro de vida tradicional”, afirmou. De acordo com o executivo, as despesas administrativas foram reduzidas de 3,85% sobre o faturamento para 3,22% em 2003. Já as despesas comerciais tiveram uma queda mais significativa, de 5,9% para 5,01% do faturamento.

A carteira de investimentos do grupo chegou a R$ 24,3 bilhões, representando pouco mais da metade de todo o setor de previdência privada aberta do País. As provisões técnicas totalizaram R$ 22,5 bilhões, alta de 41,6%. O patrimônio líquido encerrou 2003 em R$ 1,7 bilhão, alta de 52,4%.

Segundo Rossi, as vendas novas na área corporate registraram um forte incremento a partir do segundo semestre de 2003, quando a economia voltou a ensaiar uma retomada, passando de R$ 343 milhões em 2002 para R$ 605 milhões no ano passado, alta de 76%. No entanto, os planos individuais são os que ainda tem maior peso. De acordo com o balanço, 70% dos planos novos são individuais.

Rossi aposta todas as fichas em 2004 no crescimento da venda de seguro de vida individual. “É um grande desafio popularizar o seguro de vida e conseguir fazer que todas as pessoas tenham acesso a uma garantia de vida”, disse. A meta do grupo, que lançou no final de janeiro um seguro de vida com custo mensal de R$ 9,90, é ter 500 mil novos participantes no primeiro ano. Um balanço do primeiro mês de vendas do produto deverá ser divulgado na próxima semana. “As vendas estão indo muito bem”, adiantou Rossi.

Rossi acredita que o bom desempenho da área corporate, tanto em vida como em previdência deve se repetir em 2004. “Nas pesquisas que realizamos com as maiores empresas do Brasil detectamos que 99% oferecem seguro de vida e plano de saúde aos funcionários. Planos de previdência, no entanto, apenas 70% delas oferecem. Por aí dá para ver que temos um grande mercado para conquistar, ampliando a base consumidora”, disse. Outro desafio é ampliar a carteira de vida e previdência para pequenas e médias empresas. A Bradesco tem 2,6 milhões de clientes, sendo metade na carteira de vida e metade na de previdência aberta.

Segundo Rossi, as taxas de administração dos planos de previdência devem continuar em ritmo decrescente, em razão da concorrência desencadeada nos últimos anos. “Porém, o mercado precisa continuar crescendo para acelerar a queda desses custos”, disse.

Isenção de IOF em vida

Ao contrário de anos anteriores, que praticamente todos os executivos faziam uma lista de entraves para o setor crescer, em 2004 a única pendência do setor com o governo é a redução da alíquota de IOF no seguro de vida, que hoje está em 7%. “Se isso for feito, vai estimular ainda mais vida. Em previdência, o setor está estruturado e tem tudo para deslanchar a partir de agora”, finalizou o executivo.
Denise Bueno

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