Notícias | 12 de dezembro de 2007 | Fonte: DCI

Bradesco e Unibanco buscam firmar presença no resseguro

A Bradesco Seguros e Previdência e a Unibanco AIG Seguros & Previdência, maiores detentores de ações do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Re), poderão se aproveitar das regras de abertura do mercado, prevista para janeiro de 2008. As duas seguradoras devem ampliar ainda mais suas participações no capital do IRB para atuarem no segmento no País. As companhias vêm elevando suas presença no capital do IRB nos últimos sete anos. O Bradesco, na dianteira da disputa, já possui 22% das ações preferenciais (PNs). O Unibanco, por sua vez, ampliou este ano a participação no instituto para 11%. Segundo fontes do mercado que não querem ser identificadas, o Bradesco deverá manter sua estratégia e tentar adquirir a metade do capital do IRB que está nas mãos do mercado. A empresa não quis comentar o assunto.

As ações do instituto podem ser atraentes quando uma companhia pretende abrir uma empresa do ramo ressegurador no Brasil. “A lei que quebrou o monopólio do IRB indica que, por iniciativa da União, as empresas acionistas podem resgatar suas ações se estiverem interessadas em abrir uma resseguradora. Esse pode ser o objetivo do Bradesco”, informou uma fonte do mercado.

Na semana passada, o presidente do Unibanco AIG Seguros, José Rudge, afirmou ao DCI o interesse em aumentar a participação da instituição no capital do IRB. “Hoje temos 11%, 12% de participação, mas queremos elevar essa fatia em 2008”.

Na contramão

Outras possibilidades também motivam a disputa pelas ações do IRB. “Se houver uma eventual privatização do IRB, o acionista majoritário terá uma posição mais privilegiada na compra”, afirma Carlos Eduardo Almeida, vice-presidente de riscos industriais e comerciais da SulAmérica Seguros. A empresa possuía 7% das ações preferenciais do IRB, mas vendeu há quase de um ano para o Unibanco. Segundo Almeida, a companhia desistiu de suas ações porque não pretende atuar como resseguradora no Brasil. “A SulAmérica quer ser somente usuária de resseguros, e não resseguradora no País. Já fechamos parcerias com corretores internacionais e temos um esboço das operações para o momento da abertura do mercado”, diz.

A Mapfre também já teve ações do IRB. Há cinco anos vendeu os 2% que tinha em PNs para o Bradesco. “Era uma participação muito insignificante. Quando o Bradesco fez a proposta, a Mapfre e mais vinte companhias aceitaram vender”, explica o presidente da companhia, Antonio Cássio dos Santos.

O chamariz dessa disputa pelo IRB, segundo Carlos Vilares, sócio diretor da Umbria Seguros e ex-diretor para a América Latina da Zurich Re, é o potencial de crescimento inicial da resseguradora com a abertura. “Mesmo com a quebra do monopólio, o IRB continuará a ser um grande player, se não o único, pois ele conhece as formas de fazer resseguro no País. O que dá vantagem competitiva no curto-prazo”.

Já a partir do segundo ano de abertura, a resseguradora nacional poderá enfrentar problemas com a concorrência, de acordo com Vilares. “Hoje a companhia repassa parte dos riscos para o mercado internacional. As parceiras e futuras concorrentes não vão querer manter as retrocessões, obrigando o IRB a procurar parceiros menores e perder uma grande fatia de mercado”, explica. Segundo o executivo, quando houve um boato de abertura do mercado ressegurador brasileiro em 2001, a Zurich RE, hoje Score RE, optou por não renovar seu contrato de retrocessão com o IRB, pensando em atuar diretamente no País.

Concorrência

O IRB encerrou os primeiros nove meses de 2007 com um patrimônio líquido (PL) de R$ 1,8 bilhão e R$ 5,5 bilhões em ativos. O IRB, contudo, não abrirá o capital para garantir recursos na reestruturação do mercado. Segundo o presidente da resseguradora, Eduardo Nakao, a empresa está se preparando para a concorrência de outra forma. “Estamos adotando um novo sistema de gestão de ativos e passivos e reforçando o relacionamento estratégico com resseguradores internacionais”, afirma Nakao. O IRB acha que manterá parte de suas parcerias.

O Bradesco Seguros e Previdência e o Unibanco AIG Seguros, maiores detentores de ações do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Re) poderão embarcar nas regras de abertura do mercado, prevista para janeiro de 2008. As duas seguradoras devem ampliar suas participações no capital do IRB para atuarem no segmento no País. As companhias já vêm elevando sua presença no capital do IRB nos últimos sete anos. O Bradesco, na dianteira da disputa, já possui 22% das ações preferenciais (PNs). O Unibanco, por sua vez, ampliou este ano a participação no instituto para 11%. Segundo fontes do mercado que não querem ser identificados, o Bradesco deverá manter sua estratégia e tentar adquirir a metade do capital do IRB que está nas mãos do mercado. A empresa não quis comentar o assunto.

As ações do instituto podem ser atraentes quando uma companhia pretende abrir uma empresa do ramo ressegurador no Brasil. “A lei que quebrou o monopólio do IRB indica que, por iniciativa da União, as empresas acionistas podem resgatar suas ações se estiverem interessadas em abrir uma resseguradora. Esse pode ser o objetivo do Bradesco”, disse uma fonte do mercado.

Na semana passada, o presidente da Unibanco AIG Seguros & Previdência, José Rudge, afirmou ao DCI o interesse da seguradora em aumentar a participação da instituição no capital do IRB. “Hoje temos 11%, 12%, mas queremos elevar essa fatia em 2008.”

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