A SulAmérica lançou, no Rio de Janeiro, um seguro popular para automóveis, voltado para as pessoas que possuem veículos com mais de quatro anos de idade e oferece preços menores que os tradicionais. A expectativa é de que sejam vendidos 30 mil novos seguros em um ano no estado. O seguro é destinado a veículos fabricados de janeiro de 1989 a dezembro de 1999. O Auto Pop foi lançado durante um café da manhã para cerca de 200 corretores do Rio de Janeiro e já começou a ser vendido. O produto apresenta perfil popular: o preço é cerca de 40% mais baixo do que a cobertura normal (compreensiva), promete a SulAmérica. O plano oferece as coberturas de colisão e incêndio.
“Para ter uma idéia, o prêmio do seguro de um carro nessa faixa de idade custa cerca de R$ 900 a R$ 1 mil. Já se optar pelo Auto Pop, esse seguro poderá ser comprado em até dez prestações que, na maioria das vezes, não chega nem a R$ 50 cada uma”, explica o vice-presidente de Automóveis e Massificados, Marcus Vinícius Martins. “Nossa expectativa é vender, no Rio, 30 mil apólices nos próximos 12 meses. Essa meta é até conservadora, se avaliarmos o potencial de mercado para o produto.”
Segundo as estatísticas do mercado, somente 25% da frota circulante no Brasil têm seguro e o Rio de Janeiro não fica longe desse número. No estado, de cada quatro pessoas que têm carro, três não fazem seguro porque consideram não ter risco ou acham o preço muito alto para o risco que elas têm. Circulam nas ruas e estradas fluminenses 2,2 milhões de veículos de passeio, sendo que 1,4 milhão têm entre cinco e 15 anos de idade. Destes, 1,2 milhão não têm seguro, segundo a SulAmérica.
“Lançamos o produto inicialmente no Rio por alguns motivos. Em primeiro lugar, não queríamos estar lançando o Auto Pop em todo o Brasil, mas fazer um teste inicial sobre o potencial do produto. O Rio de Janeiro se encaixa no perfil de mercado pretendido para o lançamento: possui um grande centro, uma metrópole próxima de pequenos mercados, pequenos municípios. Em São Paulo, não conseguiríamos isso”, explica Martins. Ele acrescenta que o produto deve ser expandido pelo país a partir do primeiro semestre de 2005, após uma análise da performance no Rio.
“Como o produto não cobre roubo, ele é ideal para as pessoas que não estão muito expostas a isso. Como, por exemplo, quem tem garagem em casa, quem mora em cidade do interior, quem circula pouco a noite com o carro, e diversos outros perfis que o próprio segurado irá descobrir. As pessoas que consideram que não correm risco de roubo devem lembrar que podem bater o carro e, se a batida for forte, o prejuízo pode ser todo valor do carro e, nesse caso, elas precisam de seguro,” afirma o executivo.