Notícias | 6 de junho de 2024 | Fonte: CQCS | Adriane Sacramento

Apuração dos sinistros é impactada no RS; especialista explica como funciona indenização nos seguros rurais e agrícolas

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, a comunicação, comprovação e apuração dos sinistros estão dificultadas pela falta de vistorias e perda de documentos, mas, para os casos reportados, as seguradoras estão enviando peritos ao local. Quanto à documentação, como notas fiscais de insumos, as empresas e seus comitês estão avaliando formas de flexibilização para agilizar e tornar mais eficiente o atendimento ao segurado. Leonardo de Menezes, superintendente de Seguros do Sicredi, explica como funciona o processo indenizatório nos seguros rurais e agrícolas.

De acordo com dirigente, tanto os seguros rurais como os agrícolas têm a mesma característica: inicia-se o processo indenizatório assim que o cliente identifica a perda ou os danos na propriedade, permitindo que a seguradora faça a abertura do aviso de sinistro e realize uma vistoria de constatação de danos e prejuízos. São solicitados documentos, que assim como o laudo da vistoria (realizado pela seguradora), irão compor os materiais para regulação do sinistro.

No seguro rural, após o envio de todos os documentos e informações pedidas no processo, a seguradora avalia e finaliza o sinistro; no agro, após a vistoria final para apuração da produtividade da lavoura (para algumas culturas), é necessário ainda o envio de documentos solicitados, incluindo o aviso de encerramento da colheita.

Impactos a curto e médio prazo
Segundo o superintendente de Seguros do Sicredi, o setor agrícola terá impactos como a perda de produtividade e qualidade nas lavouras, a redução do nível de renda dos produtores, especialmente aqueles que não tiveram acesso a nenhum tipo de proteção (como o Proagro ou o Seguro Privado) para minimizar suas perdas e a compactação do solo, somada à perda de nutrientes ocasionada pelas enchentes.

“No que diz respeito ao setor de seguros, as perdas nas propriedades seguradas seguem sendo mensuradas e muitos produtores ainda estão na fase de comunicação dos sinistros”, diz Menezes. Segundo ele, avalia-se que grande parte dos acionamentos ocorram nos meses de junho e julho e que as seguradoras iniciem os processos de indenização em agosto e setembro. “Os impactos e reflexos dessa última enchente que assolou o Rio Grande do Sul na carteira de Seguros Rurais e Agrícolas ainda serão mensurados”, finaliza.

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