Notícias | 24 de novembro de 2021 | Fonte: CQCS | Juliana Winge

A importância da combinação da tecnologia com a questão humana é destaque no CQCS Insurtech & Innovation

No primeiro dia do CQCS Insurtech & Innovation, as atividades da sala Mário Petrelli discutiram o uso de tecnologias e inovações no mercado de seguros. A pandemia acelerou os processos de digitalização das seguradoras e trouxe grandes impactos para todo o mercado, seja nos processos, seja nas soluções que foram pensadas em função das novas demandas. Durante o painel Tech Transformando o Seguro, os participantes destacaram a importância da combinação da tecnologia com a questão humana. “Se a gente falar de tecnologia sem falar de pessoas acaba sendo um grande erro, então temos que pensar na melhor solução de pessoas para pessoas”, destacou o CTO Pottencial, Daniel Amorim.

Uma das oportunidades que surgiram com a pandemia foi colocar nas mãos do cliente a responsabilidade por encaminhar as informações de sinistros. “Essa proposta envolve o principal interessado neste processo: o segurado. Assim, conseguimos fazer uma avaliação das imagens que recebemos e gerar informações que permitam a seguradora tomar algumas decisões”, exemplificou o CEO da AbleTech, Arthur Soares. Estas mudanças também geraram oportunidades, pois, com a digitalização de inúmeros processos, aumentou a disponibilidade de dados e informações que as empresas dispõem para analisar e pensar em soluções para os clientes.

Esta realidade fica ainda mais evidente quando entra em cena um ator fundamental do mercado segurador: o corretor de seguros. Muito se discutiu se as novas tecnologias tornariam o corretor irrelevante, mas a verdade é que, mesmo com as inovações, ele tem um papel importante: o de consultor. Com tantas opções e customizações disponíveis, é muito comum que o cliente faça o orçamento de maneira direta, mas, antes da contratação, muitos ainda optam por conversar com alguém. “Como seguradora, temos que pensar os canais de corretores como plataformas de apoio na venda, prover cada vez mais ferramentas, conhecimento para que eles tenham cada vez mais condições de fazer uma venda mais fluida”, afirmou o Superintendente Executivo Bradesco Seguros, Giuliano Generali. O corretor passa a atuar então como um consultor, que conhece todas as opções disponíveis e oferece o produto certo para cada momento de vida de cada um dos clientes.

O uso da tecnologia também permite que as empresas automatizem processos repetitivos, otimizando a mão de obra e reduzindo possibilidades de fraudes. O uso da inteligência artificial permite que, com os dados que as seguradoras dispõem, as máquinas possam ser treinadas para identificar documentos e extrair dados a fim de identificar as fraudes e até mesmo apontar eventuais potenciais de mercado. “Todas entradas de informação geram insumo para decisões lá na frente. Através da análise de dados, é possível gerar um score para orientar a operadora onde deve ter mais atenção e onde pode melhorar a usabilidade do usuário”, apontou o Head Comercial de Seguros Neurotech, Daniel Gusson. Para o Business Development Manager Friss, Iván Ballón, o uso da inteligência artificial veio para ficar, especialmente porque este desafio nunca vai acabar, uma vez que tem novas normas, novos produtos, novos tipos de carro e demandas surgindo o tempo todo.

Neste cenário de muita inovação, muito tem se falado em insurtechs. Mas, elas não devem ser vistas como ameaça nem como uma forma de revolução, segundo a COO Fitinsur, Luane Fernandes. “A gente não veio para revolucionar o mercado, veio para ajudar o mercado, para trabalhar com todo mundo. É preciso tecnologia para fazer a roda chegar mais longe, as pessoas terem mais acesso, já que, no Brasil, a cultura do seguro ainda é muito incipiente”, afirmou. Muitas empresas não tem a disponibilidade financeira nem de recursos humanos para inovar. Aí entram as insurtechs. “Não precisa contar só com estrutura própria para que as coisas aconteçam, pode chamar empresas parceiras. Mesmo que não tenha a tecnologia embarcada na empresa, tem muitas soluções no mercado”, ressaltou o Head de Produtos & Parceria SUTHB, Ricardo Nishimura. Esta troca entre as empresas permite que produtos sejam lançados com muito mais agilidade e os clientes sintam que tem suas demandas atendidas de maneira mais rápida.

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