Debate Seguro | 5 de novembro de 2010 | Fonte: Debate Seguro - André Thozeski

Corretor faz uma análise sobre custo do seguro em regiões violentas

 





Esta semana eu concedi uma entrevista para a rádio gaúcha de Porto Alegre RS, atendendo a solicitação de um repórter que desejava demonstrar o quanto os moradores das regiões mais violentas pagam mais caro pelo seguro de um mesmo bem do que pagam os moradores das regiões menos violentas.  Desejava demonstrar que se as autoridades (policia etc.)  agissem combatendo a violência (que é a obrigação deles…)  os riscos daquelas regiões muito violentas reduziria,  reduzindo em conseqüência o custo dos seguros.

Eis a síntese do trabalho que eu realizei e encaminhei:

Para estes estudos, a grande dúvida foi qual modelo de carro utilizar… é uma discussão sem fim, porque há correntes que dizem que um VW é o pior, que é muito visado, outros dizem que é um Fiat, e há opiniões para todas as marcas… é uma discussão sem fim mesmo…  optei por não entrar nesta discussão e utilizei um veículo que não é da moda, não melindraria ninguém:  um KIA PICANTO 1.1 automático, um carrinho que fica na mesma faixa de preço dos líderes de mercado, custa cerca de R$ 35 mil.

Considerei um cidadão com 40 anos que está comprando seu primeiro carrinho “zero km” e fazendo o primeiro seguro. Não concedi nenhum desconto. Para as garantias propus um seguro “como tem que ser feito”, de verdade, com as coberturas importantes, não uma “meia boca”  como se vê por aí feito por atravessadores… a propósito: é muito importante que o cidadão saiba que deve negociar um seguro somente com um CORRETOR PROFISSIONAL DE SEGUROS, exigir deste a apresentação da sua identidade profissional dentro do prazo de validade, exigir que ele comprove que é um profissional inscrito no Código de Ética dos Corretores de Seguros,  isso garante a proteção do patrimônio e dos interesses do cidadão consumidor. Nem pensar em negociar com atravessadores desqualificados que “se dizem” corretores…

O patrimônio foi segurado em 110% do valor de mercado da tabela fipe, necessário para o cliente conseguir repor um veículo idêntico ao perdido, já que a cotação básica da tabela fipe é lá de São Paulo e é para um carro básico, sem opcionais.

Garantias para Responsabilidade Civil em Danos a Terceiros com até R$ 300 mil para Danos Corporais, até R$ 150 mil para Danos Materiais e até R$ 50 mil para Danos Morais.

Cobrindo a quebra acidental de vidros, faróis, lanternas e retrovisores.

E com assistência 24 horas completa, com todos os serviços de emergência como guincho, mecânico, etc.

Realizei inúmeras simulações utilizando um mesmo modelo de veículo, o mesmo conjunto de garantias e perfil de segurado, mudando somente o CEP de domicilio (local do risco) para apurar as diferenças de custos que esta variante provoca.

Em Três Coroas, R$ 1.684
Em Gramado,  Ivoti e Dois Irmãos R$ 2.094
(cidades pequenas e calmas, os menores custos,  de R$ 1.700 a R$ 2.100)

Em Taquara R$ 2.400 (tem rota de fuga para o litoral e a rodovia RS-020 liga a Gravataí e zona norte de POA)

Em Campo Bom, Novo Hamburgo, Estância Velha e São Leopoldo R$ 2.841

Em Sapucaia, Esteio, Canoas, Cachoeirinha e Viamão R$ 3.852

Em Gravataí R$ 4.350

Em Guaíba R$ 3.726

Em Eldorado R$ 4.038

Alguns bairros de Porto Alegre:

Bela Vista (cep 90470-130) R$ 2.914
(Miolo da cidade, trânsito lento, fuga mais demorada)

Menino Deus (cep 90150-000) R$ 3.260

(Algumas Rotas para a zona sul)

Moinhos de Vento (cep 90570–070) R$ 3.913
(Intensa atividade comercial, avenidas proporcionam fuga rápida)

Sarandi (cep 91130–450) R$ 4.430
(Saídas da cidade, rotas de fugas, desmanches)

Estes preços são os praticados por uma grande seguradora, para efeito de comparação das variações nas regiões usei a mesma em todas as simulações. Claro que termos custos diferentes em seguradoras diferentes.

Para precificar adequadamente os riscos não existe receita de bolo, não existe fórmula perfeita, única. Cada seguradora adota alguns critérios.

Algumas seguradoras agravam mais as taxas, levando ao pé da letra as estatísticas, outras agravam menos, distribuindo os riscos entre as regiões (aliviando um pouco a taxa naquelas muito violentas e majorando um pouco nas menos violentas) para não ter preços tão diferentes em bairros vizinhos.

Além da região de risco, inúmeros outros fatores são considerados, como o  modelo do veículo, já que historicamente alguns são mais visados que outros para roubos.  

Sem citar marcas para não provocar polêmicas, posso afirmar que um modelo “veloz, de retomadas rápidas, potente”  é muito mais útil para um assaltante que precisa de um veículo para “fazer um serviço”, um assalto, do que um carrinho família, lento, pesado, de direção conservadora…

Já para os desmanches, modelos mais antigos, cujas peças de reposição nas concessionárias vão ficando raras e caras e aqueles modelos muito populares, cujos donos são freqüentadores assíduos dos desmanches em busca de peças de reposição,  são os mais interessantes…

São considerados também:  As Idades dos condutores. Se tem garagem na moradia,  no local de trabalho,  na escola/faculdade. Se tem anti-furto instalado. Como usa o veículo (se somente familiar ou para exercício do trabalho). Quantos kilometros roda por mês.

É fundamental o consumidor consultar um profissional Corretor de Seguros, um corretor de verdade, exigindo deste a apresentação da sua Identidade Profissional dentro do prazo de validade, verificar se este profissional aderiu ao Código de Ética Profissional dos Corretores.

É importante o consumidor ser verdadeiro, falar a verdade, declarar para o Corretor todas as suas características de risco, nunca mentir esperando obter vantagem, já que a fraude ao seguro é crime.  Nem pensar em mentir endereço de residência, quem são os condutores, utilização, ou qualquer outro fator de risco.

O profissional Corretor de Seguros vai buscar entre várias seguradoras as melhores opções para as necessidades do cliente, o melhor conjunto de garantias pelo preço adequado, justo, considerando as características do risco.

Portanto, mais produtivo do que procurar vários corretores ou várias seguradoras  é procurar um Profissional Corretor de Seguros de confiança e este profissional vai buscar o que for melhor para o cliente no mercado.

Nunca compre pelo preço, não existe milagre, verifique atentamente todas as coberturas e todas as características do risco que constam no orçamento, exija sempre tudo por escrito.  Um profissional sério, um verdadeiro Corretor de Seguros, jamais vai deixar de lhe entregar tudo que diz por escrito, jamais vai hesitar em lhe apresentar seus documentos provando que é, mesmo, um profissional habilitado.  Fuja dos atravessadores, dos balcões de bancos ou de lojas, só negocie com um profissional de verdade.

Ouça as entrevistas nos seguintes links (copie e cole no navegador):


http://mediacenter.clicrbs.com.br/radio-gaucha-player/232/player/147383/seguro-do-carro-pode-custar-quase-o-triplo-para-moradores-de-municipios-mais-violentos-02-11-2010-11h04/1/index.htm 


http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=147603&channel=232

Autor: Andre Thozeski é Corretor de Seguros desde 1988.
Graduação em Gestão Financeira e MBA em Administração e Marketing.

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