Mercado & Fomento | 12 de setembro de 2024

Formalização das cooperativas de seguros

A recente aprovação pela Câmara do projeto que formaliza regras para cooperativas de seguros levanta diversas questões no mercado. O que essa mudança pode significar para o setor de seguros no Brasil? Trará novas possibilidades de oferta ao consumidor? E quais serão os impactos para os corretores de seguros?

Por um lado, a regulamentação pode abrir espaço para que cooperativas ofereçam produtos a segmentos que hoje enfrentam dificuldades de aceitação nas seguradoras tradicionais, como proprietários de veículos leves e pesados com mais de 10 anos. Ter uma opção devidamente regulada pode ser muito benéfico, ampliando o acesso à proteção veicular. Um mercado que antes era marginal passará a operar sob regras claras e supervisão, o que pode aumentar a segurança para o consumidor final.

Por outro lado, ainda é cedo para afirmar como essa mudança afetará os corretores de seguros. Será que eles terão mais opções para oferecer aos clientes? Poderá essa nova estrutura competir com as seguradoras tradicionais ou complementará o mercado existente? E como a supervisão e as regras serão implementadas na prática?

Enquanto essas perguntas permanecem no ar, é essencial que corretores e consumidores acompanhem de perto o desenvolvimento dessa regulamentação. A possibilidade de aumentar o número de clientes protegendo seus veículos é real, mas somente o tempo dirá se essa mudança será positiva para o mercado como um todo. O diálogo entre os players do setor será fundamental para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios que podem surgir.

Marco Antonio Gonçalves

Atualmente, o especialista é presidente do Fórum Mário Petrelli, além de presidir o Conselho Consultivo da MAG Seguros. Desempenha ainda atividades como conselheiro no Conselho de Administração da SICOOB Seguradora e como diretor do Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros de São Paulo (SindsegSP). Formado em Direito, Marco já foi diretor na Câmara Americana de Comércio do Brasil (Amcham) e atuou como vice-presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Também esteve no cargo de diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e presidiu o Conselho Empresarial de Seguro e Resseguro da mesma instituição. No Grupo Bradesco Seguros, atuou por 40 anos, ocupando diversos cargos de direção, sendo que, quando se aposentou, ocupava o cargo de Diretor Geral da Bradesco Seguros.

Um comentário

  1. Adilson Pereira Junior

    3 de outubro de 2024 às 13:49

    Você precisa estar logado para ler o comentário.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN